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Diálogo sobre deficiência e capacitismo lança novas perspectivas de entendimento para membros, servidores, estagiários e terceirizados da PRT24

Com apoio do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), a capacitação reuniu três profissionais que esclareceram e orientaram os participantes quanto a situações de discriminação e preconceito contra pessoas com deficiência com base em suas habilidades ou limitações físicas, cognitivas, sensoriais ou emocionais

07/11/2023 - Assim como o racismo e o sexismo, o capacitismo é uma forma de discriminação que perpetua estereótipos negativos e tratamento desigual em relação a pessoas com deficiência. Atento às questões que envolvem essa temática, o Ministério Público em Mato Grosso do Sul (MPT-MS) realizou, em parceria com o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) a capacitação “Diálogos sobre deficiência e capacitismo” para membros, servidores, estagiários e terceirizados no auditório da Procuradoria Regional do Trabalho, em Campo Grande.

Com transmissão simultânea para as demais Procuradorias Municipais do Trabalho de Dourados e Três Lagoas, o encontro teve o objetivo de analisar como o capacitismo pode se manifestar de várias maneiras, incluindo a exclusão social, a falta de acessibilidade em ambientes físicos e digitais, estereótipos prejudiciais, linguagem inadequada e a negação de oportunidades igualitárias, sobretudo no mercado de trabalho.

“É com muita alegria que nós realizamos esse encontro que visa falar sobre capacitismo e deficiência. Não é algo que diz respeito só à nossa atuação finalística, apesar do MPT ter um papel importantíssimo na vida das pessoas com deficiência no âmbito do trabalho, mas estamos aqui como pessoas inseridas em uma sociedade que ainda precisa aprender mais sobre as pessoas com deficiência, a fim de respeitá-las e melhor integrá-las aos ambientes com mais naturalidade”, observou a procuradora-chefe do MPT-MS, Cândice Gabriela Arosio. A iniciativa visa aprofundar a discussão sobre o tema para que todos os trabalhadores da PRT24 tenham uma visão mais inclusiva e sensível em relação às questões de capacitismo e deficiência.

“O capacitismo é prejudicial e injusto, pois impede que as pessoas com deficiência tenham as mesmas oportunidades e igualdade de participação na sociedade. A conscientização sobre o capacitismo e o esforço para promover a inclusão e a acessibilidade são passos importantes para combater esse tipo de discriminação e criar uma sociedade mais justa e equitativa para todos, independentemente de suas habilidades ou limitações”, considerou a coordenadora regional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), Juliana Beraldo Mafra.

Um novo olhar

A servidora do IFMS no campus de Três Lagoas, Cíntia Figueiredo, desempenhou um papel importante ao conduzir a discussão ao lado das psicólogas Paula Neres e Juliana Freitas. A presença de Cíntia como mãe de uma criança autista acrescentou uma perspectiva valiosa à conversa, visto que ela tem experiência direta com as realidades e desafios enfrentados por famílias com crianças autistas. Isso enriqueceu a discussão e permitiu que os participantes compreendessem melhor as necessidades e preocupações desses núcleos familiares.

“Meu filho Lorenzo foi diagnosticado com autismo, porém, eu sempre observei sinais e ações diferentes em seu comportamento. Tivemos muitas dificuldades, principalmente na escola. Eles achavam que a inclusão era apenas oferecer um profissional capacitado para atender ao meu filho, mas vai além disso. É difícil lidar com o diagnóstico e com as dificuldades do dia a dia. Por isso, o apoio familiar é fundamental, já que as adversidades acabam transpassando aos cuidados familiares”, explicou Cíntia.

Além disso, a contribuição de Paula Neres, que é deficiente visual, é um exemplo notável de como a diversidade pode enriquecer o diálogo. Paula compartilhou relatos precisos e orientou os participantes sobre o tratamento adequado e respeitoso para pessoas com deficiência, enquanto ela mesma enfrenta desafios relacionados ao seu cotidiano. Isso demonstra como as pessoas com diferentes experiências e perspectivas podem fornecer reflexões valiosas e promover a inclusão.

Impressões

Ruteane, terceirizada no setor de limpeza do MPT-MS há 1 ano e 3 meses, compartilhou suas impressões após assistir à palestra. O que torna seu relato ainda mais significativo é o fato de que ela é mãe de uma criança diagnosticada com autismo, Iara, de 8 anos.

“Não fui eu quem percebeu, mas o comportamento dela na escola nos levou a procurar ajuda profissional. Ela passou por avaliações com um psicólogo e, em seguida, com um psiquiatra. Os exames confirmaram o diagnóstico de espectro autista. No começo, enfrentar essa situação foi desafiador, pois tudo era novo para mim. Eu não havia percebido, inicialmente, mas ela demonstrava agitação, agressividade e mudanças rápidas de temperamento. Porém, apesar dessas dificuldades, minha filha é notavelmente inteligente”, constatou a trabalhadora.

Ruteane lembra de momentos em que, por não compreender plenamente a situação, punia a filha, acreditando que se tratava de "manha". Mas, com o tempo, ela passou a entender a importância de se adaptar à realidade de Iara e evitar negações categóricas, pois isso a afetava profundamente.

A palestra, promovida pelo MPT-MS em parceria com o IFMS, teve um impacto positivo em Ruteane. Ela enfatiza a importância de compreender as dificuldades que sua filha enfrentará, mas também acredita que isso não deve limitar as capacidades da pequena Iara. Ruteane expressou seu entusiasmo pelo evento, reconhecendo que é um tema que afeta diretamente a sua vida e de seus familiares.

Fonte: Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul
Informações: (67) 3358-3034 | (67) 3358-3035 | (67) 99247-6162 | (67) 99275-8636
www.prt24.mpt.mp.br | Twitter: @MPT_MS | Instagram: @mpt_ms

Tags: Coordenadoria de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho , COORDIGUALDADE, pessoas com deficiência

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