Comissão de Gestão Socioambiental contabiliza mais de 2,5 mil kg de resíduos recolhidos em 12 meses

Equipe pretende, agora, ampliar a lista de produtos arrecadados com esponja e óleo de cozinha

07/10/2016 - A Comissão de Gestão Socioambiental do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS), criada em 2008, arrecadou 2.514,62 kg de resíduos sólidos recicláveis, conforme balanço do período de agosto de 2015 a julho de 2016.

O material, entregue por servidores da Procuradoria, era destinado mensalmente à Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Material Reciclável Nova Campo Grande (Cooper-Nova), entidade escolhida em processo seletivo pelo MPT-MS por atender a requisitos legais. Um Termo de Compromisso foi assinado entre as duas instituições para assegurar a destinação ambientalmente correta dos resíduos, além de exigir dos cooperados o compromisso de não permitirem o trabalho infantil nem o abandono escolar. O convênio teve duração de 24 meses e encerrou em julho passado. Atualmente, o material é recolhido pela Solurb, concessionária responsável pela limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos em Campo Grande, que o repassa aos seus cooperados.

E as vantagens dessa coleta solidária não se restringem ao meio ambiente. O servidor que doa, no montante do mês, a maior quantidade de materiais recicláveis é contemplado com 1 dia de abono. Esse benefício foi instituído pela Portaria nº 120, de 24 de julho de 2015, com o objetivo de incentivar as boas práticas de promoção e preservação ambiental.

Resíduo sustentável

Além de receber papel, papelão, plástico e vidro, a Comissão de Gestão Socioambiental pretende, agora, ampliar a lista dos produtos que possam estimular renda e condições dignas de trabalho para quem atua na atividade de catação de resíduos.

Esponja e óleo de cozinha são as novas apostas da equipe para minimizar o impacto ambiental e deixar o planeta ainda mais limpo. A procuradora do Trabalho Simone Rezende, presidente da comissão, explica que a ideia de recolher esponjas surgiu de uma campanha lançada por duas empresas: a Scotch-Brite se juntou à TerraCycle para criar, pela primeira vez no mundo, um sistema de coleta e reciclagem das esponjas – de todas as marcas do mercado e de suas respectivas embalagens plásticas, transformando-as em produtos sustentáveis –.

A comissão já cadastrou o MPT-MS no site do Programa Nacional de Reciclagem de Esponjas Scotch-Brite. Basta, agora, começar a coleta das esponjas/embalagens e enviá-las gratuitamente para a TerraCycle, conforme as orientações disponíveis no site.

A Brigada de Esponjas Scotch-Brite ainda dá a chance aos consumidores de se engajarem em uma causa social. Isso porque, a cada esponja enviada para a reciclagem, será doado R$ 0,02 para uma escola ou organização sem fins lucrativos escolhida pelo participante.

Com a coleta do óleo de cozinha, os benefícios sociais e ambientais também são inúmeros. Neste caso, a parceria do MPT-MS é com a Katu oil, única empresa devidamente licenciada para realizar coleta de óleo saturado na capital Campo Grande. Os recipientes já foram fornecidos pela Katu oil, que também conta com funcionários uniformizados e treinados para a coleta. Em contrapartida pelo óleo arrecadado, a empresa disponibilizará produtos de limpeza para a Procuradoria. Segundo estudos de organizações não-governamentais, cada 1 litro de óleo descartado no esgoto pode contaminar cerca de um milhão de litros de água.

Isopor

Somada às referidas iniciativas, a Comissão de Gestão Socioambiental retoma a coleta de isopor. A sugestão de recolher esse produto partiu das servidoras Ísis Cunha e Flávia Santana, surpresas com a quantidade de embalagens de isopor que acumulava no almoço. “Cada pedido de refeição chegava com duas embalagens, sendo uma para salada e outra com a comida principal. Em uma semana, eram descartadas cerca de 50 embalagens no lixo comum”, lembra Flávia.    

Ao procurarem destinação mais adequada, as servidoras encontraram representantes da Ecoplantar, organização não-governamental que disponibiliza drive thru ecológico para envio de isopores a São Paulo, onde é feita a reciclagem. Em Campo Grande, não há empresas ou entidades que reciclem isopores, o que torna a coleta inviável economicamente para os catadores.

Análise realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estima que o isopor leve em torno de 150 anos para ser totalmente degradado. Já estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) revela que, anualmente, são consumidas cerca de 2,5 milhões de toneladas de isopor em todo o mundo. No Brasil, o consumo é de 36,6 mil toneladas.

As pesquisas mostram, ainda, que o isopor é tóxico para o solo e prejudica a permeabilidade do aterro sanitário.

Fonte: Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul
Informações: (67) 3358-3034/3035
www.prt24.mpt.mp.br | twitter: @MPT_MS

Equipe pretende, agora, ampliar a lista dos produtos arrecadados com esponja e óleo de cozinha

Tags: Ministério Público do Trabalho, meio ambiente

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